segunda-feira, 10 de abril de 2023

Lá e de volta outra vez

 Hoje eu me bateu um sentimento indefinido, um misto de saudade e de mágoa. Tudo isso me ocorreu enquanto estou aqui, sentada na sala de aula na UFRPE, tendo ultrapassado a metade do curso de História. Eu sempre venho tão feliz para cá, ao mesmo tempo percebo que ainda guardo muito rancor por não ter terminado esse curso quando entrei pela primeira vez em 2010.

Vou lá, agora tem aula de História da América I e eu aproveito tudo que posso.




segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Carta a criança interior

 Oi, Rodrigo tudo bom?

Daqui de longe parece que sim. Mas talvez nem tanto né? Eu te admiro muito sabia? 

Bom, você ainda não parece ter idade pra essa conversa, mas quero te dizer que você já viveu muita coisa que você nem imaginaria ter vivido e já está pronto para ouvir. 

Primeiramente, prazer. Eu sou você.

Esse seu cabelo solto, esses olhos grandes e atentos, mas meio perdidos... também são meus. Esse sua vontade de se sentir mais vivo, mesmo sem saber como, eu ainda tenho aqui comigo.

Queria que você pudesse me lembrar um pouco mais do que você gosta de fazer quando está só... você passa muito tempo só. Ou cercado por adultos. Queria te ver um pouco mais com outras crianças, seu riso fica tão mais leve com elas.

No meio de todo esse caos, as vezes queria voltar a ser você. Quando você estava só, você tinha o seu mundo. Você era rei, imperador, talvez até um deus. Apenas movimentava aqueles brinquedos pela casa e todos eram controlados por você, todo poderoso nesse mundo fantástico que você criou por tantos anos para fugir da realidade. Até o significado do seu nome soava como Rei. As horas passavam e você não percebia.

E você dificilmente aceitava ouvir um "Não". Você ouviu "Sim" muitas vezes não foi? 

Eu sinto muito ter que ser tão duro agora... Mas esse mundo onde você é um deus não existe. Esse mundo cheio de "sim"... também não. Infelizmente você não é protagonista de nada além da sua própria vida... e tá tudo bem, desde que você aprenda a viver com isso. Você não precisa de nada além de paz de espírito. Queria que você tivesse a chance de aprender isso desde cedo para me ensinar. Hoje é difícil encontrar essa paz, as vezes. E não tem dinheiro no mundo que eu trocaria por tê-la comigo sempre.

Eu me blindei de tudo pelos estudos. Era estudando que eu fugia de interagir com meus pais, fugia de interagir com outros adolescentes, fugia de me enfrentar... Mas ao mesmo tempo sentia que nos estudos eu estava montando um mapa rumo a liberdade, então eu me afundava nessa esperança. E, de certa forma, consegui juntar algumas partes desse mapa. Voltei a me sentir mais bonito, mais saudável e senti que eu conseguia me sentir melhor com as outras pessoas depois que conquistei alguma independência. Mas o mapa ainda é um quebra-cabeça complicado de se completar depois de tantas peças perdidas por todos esses anos. Mas continuo tentando juntar mais pedaços, encontrar um caminho.

Hoje eu sei que essa independência, essa liberdade que conquistei ainda são parciais e insuficientes para quem eu sou. Porque eu não sou mais você. Eu não sou nem mais o mesmo que eu era há 10 anos atrás. E os planos que eu fiz para hoje não se encaixam mais em quem eu me tornei.

Acho que daí de onde você está, você não fazia ideia que sua vida poderia se tornar tão complicada. Mas não se preocupe, eu estou tentando de todas as formas reconstruir o que se perdeu...mas não com as mesmas peças. Espero que você possa me ajudar, nem que seja a não te encontrar mais pelo caminho se for preciso. 

Eu te amo, mas não posso te recriar, não posso reinventar quem você já foi, apenas quem eu serei.

2031 me espera.

Preciso deixar você ir.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Restart.

 Começo 2021, aliás, Recomeço 2021 meio emo.

Primeiro, gostaria de comunicar que estamos sobrevivendo ao que 2020 nos trouxe, e que estou muito feliz de conseguir escrever um texto aqui em 2021. Eu nem fui vacinada ainda!!!!!!!

E sim, estou escrevendo 2021 várias vezes porque não sou obrigada. E até sou.

Também queria comunicar que não espero muito de 2022 em 2021 porque sei que burrices de 2018 vão se repetir, e continuaremos vivendo o caos. (Nitidamente desacreditada da humaninade).


Agora sim, vamos a 2021.

Escolhi recomeçar, porque a necessidade de mudança vai além de barreiras que só quem necessita entende.

Estou hoje, matriculada e num ensolarado dia de aulas do curso de medicina.  😱

Meus motivos só eu sei. 

Mas nunca me arrependi de quem me tornei... a trajetória até aqui me fez compreender como amo minha profissão, como ela é importante, e como pessoas são importantes!

Mas o amor é um campo de batalhas. (aprendi essa frase em de repente 30)

Sigo trabalhando 12x60h, e esperando ir pra outro horario de jornada. 

Permaneço ainda em reformas, assustada, porém feliz por ser dançarina do RESTART atualmente.(contém ironia)

2021 também me deu escolhas dificeis, porém necessárias, e hoje embora ainda reflita sobre elas, navego em águas bem tranquilas. Não entrarei em detalhes. Mas sigo feliz com as mudanças.


Permaneço casada e feliz.

Conta continua zerada.

ELE não. 

Fora Projota, NegoDi, Jakepatombar!

Fica Juliete.


Agora preciso ir. 

Daqui a pouco tem mais aulas.💗




quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Amores do Colégio


Como iniciar um texto sério, reflexivo, e adulto olhando essas fotos?

Depois de tanto tempo venho aqui escrever no nosso velho e querido diário mais um texto em letras grandes verdes.

E esse, de hoje, é inteiramente e somente pra vocês.

Começaria fazendo uma piada. Bem eu. Mas acho que seria previsível, e deixaria de ser sério.

Então escolho começar falando de como foi bom o que fizemos ontem! 

E aí chegamos na palavra que resume nossa vida. Saudade.

A adolescência nos traz tantas boas lembranças, e aí nos damos conta de que todos os clichês referentes a ela são loucamente reais. 

Ela foi a melhor parte do começo de nossas vidas!

Hoje entendo porque cada saudade que sentimos disso tudo é uma lágrima nova. 

Foi tudo somente e puramente amor!

Ser adulto não é tão ruim. Mas também não é tão bom.

Falta tempo, disposição, dinheiro, gasolina, faltam até os amigos de vez em quando.

Mas o tempo cruel nos faz perceber que nunca nos faltou uns aos outros.

Cada um com seus destinos.

Casados, não casados, quase casados. 

Paixões antigas, novas, desapaixonados. 

Perto, longe. 

Formados, quase formados, desistentes, recomeçando. 

Trabalhando, fazendo bico, desempregados.

Todos ainda sem filhos!

Juntos sorrimos, choramos, cantamos. Perguntamos sobre A, B, e C. Vemos fotos de fulanos e beltranos. 

Olhamos e lemos nosso velho blog. 

Cheio de sonhos.

Relembramos.

Saudamos. 

Longe somos a saudade que mora dentro de cada lembrança. 

E não importa o tempo que passe, 2 ou 3 anos sem se falar. 8 ou 9 anos sem se ver... 

O que é isso diante de uma vida? 

Diante de tantas lembranças? 

De tanta história?


Quanto tempo passe, seremos sempre amores. 


Amores do colégio.


Amores.


Seremos SEMPRE VESTIBOLANDOS!

Pra ouvir depois de ler, ou enquanto lê.





Sorria, você está sendo descrito.

Tantos anos se passaram e esse álbum continua exposto. Na era do Smartphone. Na era da Selfie. Na era do Whatsapp.

Cada texto uma página do álbum. Cada parágrafo uma foto. Cada palavra um elemento da composição. Cada letra um pixel.

E em 2009 eu estava aqui, mergulhado nessas letras, sentindo cada um desses "pixels". Mas cada palavra vinha compor um parágrafo pesado, reflexivo. Eu era vestibular. Na verdade, eu me vestia de vestibular. Mas acho que ainda tinham vestígios de mim por trás da fantasia. 

Em 2010 eu prometi mudar de rumo, persistir, trazer futuro para a primeira página do meu dicionário. Afinal perspectiva deixa a gente leve. 

Em 2011 eu me acostumei com as mudanças, nem me lembro de promessas. A persistência não superou só a inteligência. A consciência e a sanidade também foram postas a prova.

Em 2012 eu rejeitei viver o hábito e me mudei pro frio, inspirei algo que chamei de liberdade. 

Em 2013 eu voltei pulsando mudança, mas tudo em volta ainda era 2011.

Em 2014 eu me inventei errado e caí no hábito de não ser eu.

Em 2015 eu acordo com uma dormência no tornozelo. Uma corrente me prendia. E já era uma corrente enferrujada que eu arrastava e ignorava o ruído por tanto tempo que eu nem lembrava mais. E o objeto velho levou a culpa por eu viver a vida intercalando entre tentativas e fracassos, ano a ano. 

Em 2016 eu abri o cadeado. A chave tava lá em frente àquela porta chamada consciência, em baixo do tapete chamado emoção.

Ainda não joguei a chave fora. Nem a corrente. Afinal é uma corrente longa que já passou por alguns anos e continentes, carregando o que eu chamo de passado mas que ainda está bem presente na memória. 

Quem sabe um dia eu não reciclo todo esse aço. Dá até pra construir uma ponte de hoje até 2021. 

"Onde estaremos aos 30?"
Mas deixa o futuro pra depois.

Cada ano uma renovação dos votos com a vida. Cada mês uma revisão dos planos. Cada dia agindo reativo aos alarmes. Cada minuto sem se dar conta de como o tempo passa tão rápido.




sábado, 11 de abril de 2015

Milhões de anos depois, estou eu aqui.
Agora enfermeira formada, trabalhando, em um dia de aula de pós.
E é aí que está a graça. Mostrando para uma amiga os meus "verdinhos", me deparo com o professor da noite: famoso! Uma mistura de um antigo prof com uma estrela da tv! aí eu pensei: merece um verdinho! hahaha.
Essa foto não é a dele, porquê não quero ser processada, mas sério, é igual! E além de tudo, piadas piores que as minhas! kkk... quase mando ele escrever aqui no meu lugar! Era isso gente. Saudade desse mundo aqui! 
Abraço a todos!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

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